No cenário musical as bandas acabam sendo tanto formadoras de opinião como de conduta e postura. Assim como o cachorro se parece com o dono (ou vice-versa em determinados casos) os fãs assimilam a essência do som e da banda que ouvem e passam a expressar interior e exteriormente as intenções do que ouvem (ou que interpretam como). Vivendo em uma aldeia global surgem as tribos de ouvintes de sons e bandas, cada uma com sua identidade e que absorveu por sinastria simbiótica dos elementos do grupo. Rockeiros, metaleiros, punks, grunges, emos, headbanguers, góticos e toda uma infinidade de grupos com características próprias formam a grande aldeia global das tribos da música. Dentre todos estes clãs um chama mais à atenção pela singularidade de seus adeptos, os quais providos de condutas atípicas destoam no cenário do rock por sua esquisitice: os fãs de Bon Jovi.
Enquanto os verdadeiros rockeiros e metaleiros utilizam utensílios mágicos comprados de sumos sacerdotes de grandes ordens iniciáticas e escolas esotéricas camuflados de hippies e indigentes em praças públicas e em frente a shopping centers, os fãs de Bon Jovi não usam nada. Nada de pentagramas, cruzes e jabulanis invertidas, baphomets tatuados e 666s queimados; o que já faz perceber que há algo de errado, pois os verdadeiros rockeiros e metaleiros devem servir de manequins ambulantes para promover toda forma de manifestação contrária ao domínio geopolítico e futebolístico da religião e das emissoras de tv. Se os fãs de Bon Jovi não fossem tão esquisitos também iriam trocar os vales-refeição que recebem trabalhando no peonismo de produção por tais objetos do poder, que tanto tem a prerrogativa de proteger o rockeiro/metaleiro contra a manipulação, como promover a luta contra esta.
Os fãs masculinos de Bon Jovi chegam a ser tão estranhos que cortam o cabelo geralmente após os 20 e poucos anos, o que é inadmissível para alguém que diz curtir uma banda de rock. Os homens, fãs de Bon Jovi, de cabelo curto, então, assim como os próprios integrantes da banda. O Sansão bíblico, que ao seu tempo já sabia disso, se deixou levar pelas artimanhas de uma enviada do sistema e que o fez cortar as tranças para que tornasse apenas mais uma ovelhinha manipulada pela tv. Ser rockeiro e metaleiro não é apenas um jeito de ser, mas um mix de ser e viver; e o seu estado interior reflete no exterior. A esquisitice interior refletirá exteriormente e isso se vê nos fãs de Bon Jovi que cortam o cabelo, tornando-se homens na casa dos 30´s e 40´s e com aqueles cabelos curtos e estranhos. Ora, o tempo é uma invenção da Igreja e da mídia, não existe tempo; os rockeiros e metaleiros sabem disso. O ser humano não passa por fases desde a infância até à velhice e por isso não faz sentido o homem ter cabelo comprido na adolescência e juventude e cortar na fase adulta.
É de mesma forma inadmissível que um homem não use pó-de-arroz, rímel e eventualmente não utilize minancora em sua face. Não é possível compreender como um fã de Bon Jovi não domina a arte da maquilagem ao ponto de nunca ser visto no banheiro masculino de um shopping center retocando-a. Enquanto os verdadeiros rockeiros e metaleiros fazem de sua sua pele um luxo, os fãs de Bon Jovi saem na rua sem nada, demonstrando a insensatez da manipulação globalizada. Da mesma forma lhes falta a criatividade dos verdadeiros rockeiros e metaleiros para saber combinar roupas pretas com roupas e utensílios de cor preta e é justamente pela ignorância em saber combinar preto c/preto é que usam cores pop e estranhas, como o azul, amarelo, vermelho, marrom e verde. Mais um ponto em que os fãs de Bon Jovi transparecem uma aparência esquisita e descuidada, da qual deveriam tentar aprender como fazer com os fãs de outros grupos. Falta criatividade e autenticidade para os fãs de Bon Jovi, pois enquanto os verdadeiros rockeiros e metaleiros têm identidade e personalidade o suficiente para imitar os outros verdadeiros rockeiros e metaleiros das outras capitanias providas de metrô, os fãs de Bon Jovi ficam sem rumo.
Todo este composto cria um tipo de fã muito esquisito, que de cabelo curto, usando roupas com cores diversas de preto, sem maquilagem e sem utensílios invertidos ousa dizer que ouve rock. Mesmo não sendo necessário dizer que Bon Jovi é uma banda comercial, pois é a única entre todas as de rock e metal que cobra para tocar, que toca em rádios, tem gravadora e faz clipes, importa ressaltar que este popismo da banda reflete nos fãs. Fãs que ao invés de se rebelarem contra o sistema, a mídia, a tv, a rádio, os refrigerantes, a Igreja e a copa do mundo deixam-se manipular pelas camisetas sociais, pela roupas com cores, pelo sapato social, pelo rosto sem maquilagem, pelos cabelos curtos, pelo corpo livre de ornamentos e pelo acreditar em Deus; tornando-se os fãs mais esquisitos que pode-se ter entre as tribos da aldeia global da música. É preciso que os fãs de Bon Jovi tenham uma postura mais receptiva às novas culturas decorrentes de outros grupos musicais para que aprendam no mínimo a se maquilar.
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