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A suprema inteligência das mulheres russas

Rudy Rafael

A abundância de virtudes das mulheres russas tem fascinado há algum tempo os brasileiros; homens que acabam buscando no outro lado do mundo aquilo que não encontram em seu próprio país. É certo que se este brasileiro, que gasta tanto tempo, dinheiro e energia física e emocional nesta longa cruzada por uma mulher russa, encontrasse o que quer na mulher brasileira, com esta se contentaria, pois seria tudo mais fácil; como não encontra, vai procurar onde tem. Para muitos outros, homens e mulheres, esta busca pode parecer incompreensível, já que o exteriormente despendido pode não ser considerado viável, mas para quem conhece uma russa nata e conhece todo o conjunto da bela obra, sabe que não encontrará no Brasil alguém como uma russa, o que faz todo esforço válido e prazeroso.

Não existe distância, tempo, dinheiro, esforços ou saudades que possam impedir o homem decidido a unir-se à uma mulher russa, pois esta busca é decorrente e motivada por natural instinto do homem, que, assim como todo ser vivente, vai em busca do que é melhor para si; principalmente quem almeja um relacionamento estável e duradouro. O brasileiro, faminto e sedento por determinadas virtudes que não existem nas brasileiras e objetivando o melhor, abandona as mulheres de seu país pelo extensivo rol de qualidades das russas. Seja pela beleza estonteante, cultura incomparável, consciência social ímpar, bom senso magistral e uma infinidade de outras virtudes, tantas quantas às estrelas do firmamento, motivos não faltam para querer uma russa e em especial (e muito mais que especial) a sua suprema inteligência.

Na Rússia, onde a regra geral é a existência de mulheres belíssimas, existe a regra geral das mulheres inteligentíssimas e não é preciso garimpar décadas para encontrar uma mulher que reúna ambas as qualidades. Esta inteligência pode ser questionada pelas pessoas de senso comum e cabeça desfragmentada, que nada tendo a dizer vomitam retóricas paradoxais inconclusivas e que apenas lhes servem de alfafa. A inteligência das russas é um todo complexo e harmônico que abrange o elevado quoeficiente de inteligência, a aptidão à ciência e à tecnologia, o domínio da leitura, escrita e interpretação de texto, a inteligência emocional, a correspondência entre a idade mental e a cronológica, a temperança e as outras características que notoriamente aludem de imediato às faculdades de conhecimento e compreensão humanas.

Ao contrário do que diz a ficção de Franz Kafka, o homem faz a mulher. O que as mulheres russas são é diretamente proporcional ao que são os homens russos, pois quanto maior o homem maior a sua mulher, representando um semi-paradoxo entre oferta e demanda e que se traduz em afinidade. No Brasil, para um homem ficar com uma mulher basta que ela seja mulher, no exato sentido biológico do termo. O brasileiro jamais dispensa uma mulher por ela ser completamente destituída de talento e genialidade. Na Rússia, o mero fato de possuir o órgão sexual feminino não garante que uma mulher consiga um homem, como acontece no Brasil. Os homens russos querem mais que isso, por isso as mulheres russas desenvolvem as outras virtudes, ímpares, que lhes são exigidas e que tanto vêm encantado os brasileiros.

A retórica brasileira de afirmação da inteligência nada tem a ver com a russa. O primeiro fator validado pelos brasileiros são as instituições de ensino, onde estes se consideram grande coisa por cursarem o ensino superior. Grande piada, já que o ensino superior no Brasil é uma grande piada. Hoje, para fazer faculdade no Brasil basta ter o polegar direito para  subscrever o nome. A indústria do bacharelismo, dos cursos que qualquer um termina, que não exigem talento e genialidade do aluno e investimento em infraestrutura, criou a roupagem do desenvolvimento intelectual. O marxismo cultural desmiolado engana a plebe pelas aparências e assim milhões de brasileiros têm diploma de ensino superior, mas não sabem ler e escrever corretamente, interpretar o que lêem e formam opinião pela leitura rasa de manchetes.

O governo federal brasileiro tem empurrado o diploma de ensino superior goela abaixo, mas até uma mula sabe que existe diferença entre quantidade e qualidade. O fim do efetivo concurso vestibular, que selecionava os melhores candidatos a fim de serem preparados para o exercício da profissão através da faculdade, para o ingresso em universidades abriu as portas para a política da inclusão social, que vendendo a hipócrita idéia da igualdade omite a realidade das diferenças de intelecto. Bastando inscrever-se, fazer uma redação ou realizar um vestibular faz-de-conta, qualquer um ingressa no ensino superior e posteriormente, qualquer um, ingressa no mercado de trabalho, mesmo não tendo aptidão técnica e intelectual para isso. Não é preciso dizer que isto não existe nem de longe na Rússia.

Sendo a Rússia uma nação que vive a ética social e o bem comum, seu sistema educacional é destinado aos cidadãos mais bem preparados. Enquanto no Brasil até o final de 2.010 existiam cerca de 1.240 faculdades de Direito, na Rússia existem pouco mais de 1.300 instituições de ensino superior e das mais diversas áreas. Havendo mais demanda do que oferta existe a seleção de melhor material humano e o cidadão é obrigado a ser o melhor. Como no Brasil não existe seleção, pois a oferta é maior que a demanda, qualquer um cursa o ensino superior. As mulheres russas nascem, crescem e vivem no sistema, herdado, que lhes obriga a serem as melhores, enquanto as brasileiras vivem na política da inclusão social que não cobra potencial algum de ninguém e onde não faz diferença ser o pior.

A inteligência emocional das russas também chama a atenção do brasileiro, já que não acha isto nas brasileiras. O sucateamento da cultura nacional, visível nos massificados que fazem mais uso de gírias em inglês do que sabem usar o português, fez emergir no universo feminino o frenesi de um antimachismo falho e sem causa. A contracultura, que é essencialmente de massa e resulta da falta de cultura, adotada pelo feminismo no Brasil criou o estigma da consciência social de ver machismo em tudo e que frauda-se a si mesmo a partir do momento em que começa a dar tiros no próprio pé. “Homem ser homem” e “mulher ser mulher” virou machismo no Brasil. A mulher brasileira dissimulada, querendo provar que não é pior que o homem, busca ser igual ao homem, faz coisas de homem e perde sua feminilidade, que é o seu maior atrativo.

As mulheres russas não têm esta necessidade de provar que são iguais ao homem, elas são satisfeitas e resolvidas em serem mulheres e isto é um grande atrativo aos homens de toda a Terra. A mulher russa, em seu alto nível de inteligência emocional, sabe perdoar o que as mulheres brasileiras, por seu orgulho sem sentido, não sabem. A mulher brasileira desespera-se pela falta de atenção e, emocionalmente inconstante, decreta turbulências na relação. A mulher russa sabe esperar e assim aprende a unir-se espiritualmente, onde o homem e a mulher se completam e um preenche o outro naquilo que lhe falta; sem competições, sem concorrências. A mulher russa, por ser mulher e não querer ser como o homem, completa o homem naquilo que lhe falta como homem. O homem precisa da mulher, como mulher.

A verdadeira inteligência é natural e não é criada artificialmente. A espontaneidade das mulheres russas, uma de suas inúmeras virtudes, que vivem o que sentem, vai de encontro aos jogos amorosos e às máscaras das brasileiras e causa admiração ao brasileiro, que vive infernos em seus relacionamentos imediatistas e anarquistas. A utilização da cultura como moeda de valoração intelectual no Brasil cria robôs, pessoas que negam a si mesmas para fazerem crer que gostam do que lhes é dito ser bom de gostar, e robôs não têm alma, não têm calor no peito e não amam. As inteligentes mulheres russas sabem que não existe cultura melhor que a outra, mas sim diferente, e vêem a diferença de gostos como manifestação artística e cultural.

Não raro é conversar com uma russa quadrilingue que admira, não obstante não goste, o carnaval brasileiro, vendo na celebração popular uma forma de cultura e de arte, enquanto brasileiras que mal sabem escrever o amaldiçoam. A compaixão das mulheres russas para com o relacionamento e o seu homem traz situações alienígenas aos brasileiros. Existem diferenças entre uma mulher e uma esposa. Para o homem que quer casar e formar família não importa somente que a mulher tenha o órgão sexual feminino, ela precisa ser mais que isso e a compaixão da mulher russa ajuda na estabilidade do relacionamento trazendo compreensão, perseverança e paz. As russas suplantam com firmeza e inteligência o individualismo das brasileiras nos relacionamentos.

Em relação às mulheres, o diferencial da Rússia é o conjunto da obra. Todas as qualidades femininas que o homem procura em uma mulher, e que está acostumado a ter que escolher uma em detrimento de outra, lhe são apresentadas nas mulheres russas, inclusive as virtudes que achava não existir, pois nunca tinha visto. As russas não são bonitas, inteligentes, cultas ou sensatas. As russas são bonitas, inteligentes, cultas e sensatas. Para o homem que quer o melhor que uma mulher pode oferecer e exprimir todo o potencial feminino e que não quer passar o resto da vida procurando uma agulha em um palheiro a Rússia acaba sendo o santo caminho. Que as mulheres russas continuem não separando os valores dos fatos e continuem romantizando a sua mente tornando-se poesia para os homens de todo o mundo.

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