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Rudy Rafael

Místicos ocos nas comoções sociais contra monstros

Membros de ordens esotéricas e escolas iniciáticas adoram falar da “ignorância” dos religiosos, da “manipulação” da Igreja e do “domínio” dos pastores e padres. Se colocam acima dos meros mortais que seguem uma religião e que têm como verdade aquilo que o sacerdote diz. Tripudiam das pessoas que dispondo do próprio dinheiro que conquistaram com o próprio suor optam por entregar uma parte à Igreja. Acham o cúmulo os religiosos acreditarem em determinadas coisas e não aceitam que a opinião destes seja formada pelos pastores e padres, por mais que a sua verdade seja tão e somente aquilo que lêem e ouvem em suas escolas e ordens. Acham-se com uma “consciência” superior, em estado evolutivo maior, ao ponto de que quando não acham que encontraram a verdade acham que estão no caminho certo enquanto os outros nem isso têm. Riem e fazem piadas da “alienação dos religiosos”, da “bitolação dos fanáticos” e dos améns das “ovelhinhas”.

Acham que só por não serem religiosos têm uma consciência superior mas basta se deparar com qualquer caso de comoção social de “crimes horrendos” para ver que não tem consciência “superior” e diferente em nada. Sentem, pensam, falam e agem de forma mais medíocre que até muitos destes religiosos que tanto adoram tripudiar. Debatem sobre a espiritualidade pelo seu conhecimento objetivo e racional que adquiriram através de leituras mas vivem uma vida que não difere em absolutamente nada de qualquer profano ou muitas vezes pior do que os “religiosos” tão acusados de ignorância e que por absorverem o conhecimento esotérico na forma exotérica fazem muito mais que eles. Não têm nada de bom a somar pois são ocos e por isso o senso comum, nivelado por baixo, irracional e intolerante, os domina. Suas opiniões são vazias pois não trazem nada de novo e nada de bom. Não ajudam em nada e não fazem nada além de somar forças à opinião da massa que não racionaliza e quer odiar o tempo todo.

Basta aparecer uma notícia na tv de alguém que fez, ou foi simplesmente acusado de fazer, alguma coisa feia e eles vão correndo demonstrar todo o seu dever moral de manifestar-se indignados contra as “abominações” fazendo exatamente a mesma coisa que qualquer desdentado com 1ª série do primário e sem nenhum conhecimento esotérico ou exotérico faria. A tv diz: “É acusado de ter feito” e o ignorante diz: “Fez”. A única “ignorância” que conseguem ver é a das pessoas que frequentam um templo religioso mas esquecem-se da própria ignorância que possuem ao formar uma opinião simplesmente pelo que vêem na tv e na internet. Seu espírito, suas emoções, seus pensamentos e suas palavras são completamente moldados pelas matérias sensacionalistas. Não demonstram nenhuma diferença de caráter moral, nível intelectual, demonstração de tolerância, piedade, misericórdia, compaixão e empatia. Basta o povo pegar suas tochas  e eles vão lá abraçar o capeta da ignorância e andar todos juntos.

Alguns descontentes em ser bruxinhas e maguinhos nesta vida gostam de falar que foram bruxinhas e maguinhos em vidas passadas e que foram “perseguidos” por fanáticos religiosos. Mas basta aparecer o “monstro” da vez na tv e eles fazem exatamente a mesma coisa. Nas trevas da ignorância racional e espiritual pegam suas tochas e vão demonstrar toda sua raiva. Demonstram os sentimentos mais nefastos que uma pessoa pode ter, com manifestações como “merece a morte”, “este tem que sofrer” e “tomara que …”. Mas não, o “pobre coitado”, o “ignorante”, o “alienado” é sempre o “religioso fanático moldado pelo pastor que dá 10% pra igreja” e não uma pessoa que têm sentimentos medíocres assim. Seja o caso que for, do “monstro da vez” (que dá pauta pra mídia por um bom tempo) não existe diferença alguma entre a consciência dos “religiosos fanáticos” e a dos “mega-ultra-power-divinos-conscientes membros de escolas esotéricas e ordens iniciáticas”.

A forma de consciência é a mesma e não existe separação. É só ver uma acusação na tv e pronto; o alarde está feito. “Oh, céus”, “Oh, que mundo é este”, “Oh, que monstro”. Suas palavras, que expressam seus pensamentos, pensamentos que expressam seus sentimentos e sentimentos que expressam seu espírito, não tem absolutamente nada de diferente dos que não fazem parte de ordem ou escola alguma e chegam até a ser piores. O ódio, a raiva, a incapacidade de tolerar e amar e que foram estupidamente maqueados de “sede de justiça”. A pessoa sente o maior ódio, rancor, repúdio e intolerância do mundo mas diz “oh, é que eu sou um paladino da justiça”. Se vêem uma pessoa crucificada por uma acusação não tem a mínima inteligência racional para mostrar às pessoas que uma acusação não é prova de nada e que elas deveriam se acalmar e esperar terminar o inquérito policial e o julgamento para que tudo seja esclarecido e jamais pré-julgar alguém somente por uma acusação.

Estes “Místicos” ao verem um país todo sendo movido para odiar o “monstro do momento” pegam suas tochas e vão juntos fomentar esta conduta bestial, tola, imprestável e inútil de ódio e raiva ao invés de tentar mover todos para o amor e o perdão. Ao invés de acalmarem as pessoas e mostrarem uma nova consciência de tolerância, continuam ali, revoltados, rebelados, jogando mais lenha na fogueira para ver o “monstro” ser queimado. São apenas mais uns no meio da multidão nas trevas da ignorância sem qualquer luz e sem qualquer demonstração de uma nova consciência de amor e perdão. O “monstro” está preso, o que adianta ficar odiando coletivamente uma pessoa? Isso vai mudar o que aconteceu? O tempo volta? O “monstro” estar preso não é o suficiente? Precisa ser odiado por uma nação inteira? Uma força coletiva de ódio por uma pessoa que cometeu um crime vai fazer a justiça humana ou a divina ser aplicada de forma mais justa? A justiça humana deve aplicar a lei racionalmente pela ciência jurídica ou com base na comoção social do ódio? Deus é inerte e para fazer a “justiça” precisa ser ativado pelo ódio?

Fomentam o ódio por um acusado ao invés de apaziguar e trazer as pessoas para o plano da razão. Depois estes acusados já começam o processo condenados pela opinião pública. Há acusados que já estão condenados pela opinião pública antes mesmo do processo começar. Estes “Iniciados” ajudam isso na medida em que não fazem nada contra. Isto faz os acusados não terem um processo criminal justo e assim a ignorância continua reinando em nossa sociedade. O que aconteceria com as pessoas envolvidas nos julgamentos destes “monstros” se estes fossem absolvidos? Seja pela ignorância de não entender o que foi dito, pela massificação pela mídia, pela deturpação dos fatos, a figura do bode expiatório ou pela sede sanguinária de “justiça” os “esotéricos” e “iniciados” estão por aí, conjuntamente a todos os profanos, sedentos por justiça, com suas foices e tochas querendo a cabeça das “pessoas ruins”. Esta é a única luz que conseguem enxergar, é a única chama que conseguem queimar; a das tochas da ignorância, intolerância, raiva e ódio.

“Pessoas ruins” deste “mundo mal e tenebroso”. Mundo tenebroso da ignorância e intolerância que eles como “Místicos” deveriam tentar levar alguma luz ao invés de incentivar ódio, pré-julgamento e mesquinharia. Quando ocorre um crime e há comoção social não existe diferença alguma entre a opinião dos membros de ordens esotéricas e escolas iniciáticas e estas são até mesmo piores do que a de profanos sem qualquer conhecimento esotérico; manifestações fulcradas em ódio e raiva, ao invés de amor, perdão e tolerância. A inquisição continua, não queimam mais pessoas em praça pública, mas cercam órgãos públicos, cercam o tribunal do júri com raiva e ódio com a roupagem de “justiça” e aqueles que possuem (ou deveriam possuir) conhecimento para trazer uma nova consciência não estão fazendo nada, estão pegando a sua tocha e indo com os demais. Concordar não é obrigação, tolerar sim. Não concordar com algo é uma coisa, mover ódio coletivo contra uma pessoa e desejar-lhe coisas ruins é outra.

A pessoa que cometeu um crime deve ser responsabilizada pelo que fez mas não precisa ter uma nação inteira movida por ódio contra si e não adianta maquear este ódio com “sede de justiça” e “indignação”. Se há tanto a Lei Cósmica como a justiça humana para julgar uma pessoa, ficar movendo mais ódio, intolerância e raiva é que não vai adiantar. O membro de ordem iniciática e escola esotérica tem a obrigação de ser luz nestes momentos de trevas pois foi para isso que se comprometeu. É abominável ver membros de ordens ficarem juntos com os outros somando força a pensamentos, emoções, palavras e ações de ódio, raiva e vingança dizendo que uma pessoa que cometeu um crime merece a morte ou que merece sofrer. Enquanto muitos religiosos “alienados” demonstram paz e confiança na justiça humana e divina muitos “iniciados conscientes” se perdem em sentimentos de ódio, raiva, revolta, indignação e intolerância. Os que deveriam trazer uma nova consciência não o fazem simplesmente porque não a têm.

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