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  • Rudy Rafael

Eu fui o rei Ricardo Coração de Leão

Há alguns anos uma imagem constantemente aparecia em meu campo de visão mental sem que eu identificasse a sua origem e o seu significado. A imagem de um homem com cabelo ruivo e de barba de mesma cor, de perfil, virado para o lado esquerdo, com uma capa e usando uma coroa. Eventualmente procurei saber algo sobre aquilo, pois se isto aparecia pra mim, desta forma no plano mental, algum significado haveria de ter. Em meu processo de busca da espiritualidade, seja através da regressão a vidas passadas, da clarividência ou dos trabalhos chamados “mediúnicos”, regularmente esta imagem também surgia, assim como outras esparsas que posteriormente eu haveria de saber da ligação com a imagem referida, sem que, entretanto, o fato fosse objetivamente esclarecido. Em relação à busca espiritual sei que quando algo é pra acontecer, acontece e não é necessário forçar as coisas. Eu sabia que quando fosse para aquilo ser desvendado, seria; não obstante eu tivesse que fazer a minha parte buscando.

Com o passar do tempo, através dos mais variados meios de busca espiritual, dos mais variados planos e de seus mais variados veículos de manifestação, esta visão foi sendo desvendada e pude entender a sua razão, assim como o motivo porque em um trabalho de apometria certa vez a terapeuta percebeu uma armadura de cavaleiro cristão das cruzadas em um corpo meu. Na espiritualidade não existe porta fechada para quem busca com Vontade a Verdade, e após eu buscar as respostas, inclusive com a presença de terceiros e do contato com entidades espirituais, pude compreender que esta visão tinha relação com uma vida passada minha; a vida em que eu fui o rei Ricardo Coração de Leão e assim como as revelações objetivas e diretas para mim sobre a minha vida como o faraó Tutankhamon iniciaram-se com uma imagem, as da minha vida como Ricardo também, bem como contaram com o apoio da Espiritualidade e dos reptilianos e estão em consonância aos insights que tenho desde que nasci.

O esclarecimento objetivo sobre tudo isto se iniciou concretamente em minha vida meses atrás quando me dirigi à casa de um amigo com quem faço regressão a vidas passadas. Já faz certo tempo que tais sessões deixaram de ser usuais, no sentido de uma regressão habitual, e se tornaram reuniões de contato direto com a Espiritualidade. Quer dizer: nos reunimos para fazer a regressão estando abertos para o que possa vir a acontecer, independentemente de ser uma regressão ou não. Neste dia ao invés de eu me deitar no sofá como de costume ali fiquei sentado e ao meu lado esquerdo, no mesmo sofá, sentou outro espírito. Nos outros dois sofás, menores, à minha frente e para um lugar apenas, sentaram o meu amigo, à minha direita, e um outro espírito, à minha esquerda, cada um em um sofá. Diferentemente do que costumamos fazer, desta vez uma vela foi acendida no meio da sala e não houve técnica alguma de inicialização de regressão. Sentamos, os espíritos estavam conosco e começamos a nos comunicar.

Imediatamente identifiquei os dois espíritos que estavam conosco. O que estava no mesmo sofá que eu era um cavaleiro com uma armadura integralmente negra e leve e sem quaisquer adornos, era magro e era templário. O outro, que estava à minha frente ao lado esquerdo, era um papa e o pronome de tratamento à sua pessoa ficou claríssimo: “Sua Santidade”. Suas vestes eram brancas e compridas, usava mitra e seu espírito brilhava com uma cor clara e forte. Sua aparência era nitidamente não humana. Era um espírito que tinha sido um papa da Igreja Católica Apostólica Romana na Idade Média, era extraterrestre e era reptiliano. O cavaleiro fazia a segurança pessoal e especial do Papa, como um guarda-costas, mas sem se expor. Por algum tempo ficamos nesta posição; nós quatro sentados e nós encarnados mantendo a harmonização com a vibração do plano espiritual para otimizar a experiência. Após o primeiro contato, de identificação, mantendo a vibração, as coisas foram se clareando e o propósito deles ali foi sendo mostrado.

A sala onde estávamos começou a encher de espíritos na minha frente. Eram pessoas mais simples, cristãos, com roupas medievais típicas de camponeses, mulheres com vestidos e lenços na cabeça. Neste tempo, enquanto sabíamos o que estava acontecendo naquela sala no plano espiritual, comecei a ver uma batalha em uma praia. Eu, cristão, estava chegando com um navio e via os muçulmanos matando os cristãos. Eles pulavam contra os cristãos erguendo suas espadas curvas e golpeavam diretamente suas gargantas, cortando-as e os matando; eram sanguinolentos e impiedosos e o fato de matarem os cristãos desta forma era tenebroso. Esta foi a cena mais forte que me veio naquele dia e o resto da experiência foi basicamente o contato com os espíritos que estavam ali e que tinham relação com tudo aquilo e com a imagem que eu costumava ver, que era a imagem viva de Ricardo Coração de Leão, assemelhada à imagem da pintura de um quadro do mesmo e que serviu de ponto de partida para as minhas buscas e comprovações.

Eu sabia quem eram os espíritos que estavam ali naquela sala e eles também sabiam quem eu era e chegou um momento em que eles estavam aguardando eu fazer algo, já que a parte deles já tinha sido feita. Eu levantei do sofá e o Papa, que estava à frente em meu lado esquerdo, em seguida levantou-se também e ritualisticamente colocou uma coroa em minha cabeça. Eu estava sendo lembrado pelos espíritos e revivendo a coroação que recebi como o rei Ricardo Coração de Leão. Após isto, ao me sentar, a experiência imediatamente finalizou e todos os espíritos foram embora daquele lugar. Eles estavam ali para isso, fizeram o que tinham que fazer e se foram. Ficou claro que aquele ato quando ocorreu teve uma importante repercussão no plano espiritual e estava sendo relembrado e revivido por um motivo. Todos estavam felizes pelo que aconteceu e depois, em outras experiências espirituais que tive, eu haveria de entender o porquê, inclusive a importância daquilo para mim.

Durante os dias em volta desta experiência tive constantes lembranças desta vida minha. Lembrei-me da minha infância, relacionamentos, batalhas, vestimentas, lugares, da atmosfera que envolveu a Europa pela perda de Jerusalém para Saladino e da preparação individual e coletiva para a cruzada que objetivaria sua retomada. Também lembrei de um problema com um navio onde fui obrigado a engolir a água, extremamente salgada, do mar. Isto me causou náuseas por um tempo no plano astral e até mesmo no plano material. Neste período fiz a consulta de apometria onde a terapeuta identificou a armadura em mim. Da mesma forma que os espíritos do Antigo Egito, reptilianos, haviam vindo para mim e me auxiliado na minha lembrança da minha vida passada como o faraó Tutankhamon estavam fazendo o mesmo com o intuito de que eu me lembrasse da minha vida como o rei Ricardo Coração de Leão; sendo tudo corroborado por um sistema pessoal meu de busca e também pela ajuda da Espiritualidade.

Continuando a busca para entender mais sobre tudo isto, alguns meses após esta experiência realizei outra sessão de regressão, novamente com o mesmo amigo, no mesmo local e com a presença dos espíritos, que já estavam trabalhando em mim dias antes da sessão. Alguns dias antes desta nova sessão ao acordar e levantar eu sentia uma tontura ímpar e o meu corpo girava em torno de si. A sensação durava certo tempo e eu jamais havia sentido isto. No dia desta regressão ao terminá-la e levantar do sofá senti o mesmo e a partir do dia seguinte já não senti mais. Na regressão foi evidentemente percebido que a presença espiritual que agia no local era extremamente forte. Esta sessão foi uma regressão com a participação da egrégora espiritual que veio ali na vez passada e que novamente veio para me auxiliar a relembrar desta vida passada minha como Ricardo, eis que ela tem relação direta com a minha vida como Tutankhamon e com o trabalho dos reptilianos na Terra.

Desta vez a primeira imagem que vi foi de um grupo de pessoas andando em fila entre montanhas cobertas pela neve em um dia de Sol, de tempo aberto e muito bonito. Apesar daquela bela paisagem eu, que estava montado em um cavalo, me sentia mal. Eu estava me lembrando de quando saí da Europa com destino à Terra Santa na Terceira Cruzada. Quando se fala das cruzadas as pessoas imediatamente imaginam milhares de cavaleiros templários com reluzentes armaduras marchando imponentemente, mas não foi isso que aconteceu na Terceira Cruzada. Haviam milhares de camponeses, até mesmo mulheres, absolutamente despreparados para a luta, sem conhecimento algum de combate, indo para a guerra, inclusive pessoas com idade avançada para lutar. Nesta cena me veio uma forte dor de cabeça, sensação típica na regressão que indica uma situação a ser trabalhada. Eu estava me sentindo mal por estar levando todas aquelas pessoas para a morte. Eu sabia que eles não dariam conta.

Quando vivi aquilo já sabia que aquelas pessoas não tinham a mínima condição de participar de uma guerra, pois elas não tinham preparo algum para isso. Eram camponeses, não guerreiros. Não sabiam lutar, estavam indo para a morte e não teriam chance de se defender; mas era o que tinha que ser feito, era o que tinha, não haviam milhares de cavaleiros templários para levar. Era preciso número de pessoas, isso importaria para a guerra, e não importava se elas soubessem lutar. Apenas era preciso que estivessem ali, fazendo número e por isso foram levadas. As pessoas andavam em fila simples, cada uma no seu tempo, carregando grandes sacos de pano, sem qualquer ordem e aquilo era chamado de “marcha”, por mais que não houvesse sincronia. Quando passavam por cidades, vilas e aldeias era tudo como uma procissão. As pessoas estavam fatigadas pela longa e dura viagem e aquilo consumia o seu corpo e alma. A fé e a esperança que elas tinham ao deixar a Europa morriam conforme se distanciavam da Igreja e eu precisava mantê-las inspiradas.

O mundo material é reflexo do mundo espiritual e tudo que acontece nele, seja para o bem ou para o mal, tem sua correspondência no espiritual, ainda mais nos eventos marcantes. Os ignorantes não conseguem ver o que está além e por isso só conseguem ver a batalha por Jerusalém como uma mera disputa territorial por questões ideológicas de fanáticos irracionais, o que não poderia ser mais imbecil. Há milênios as pessoas vivem e matam por Jerusalém e isto não é à toa. Existem motivos muito fortes no plano espiritual para que isto ocorra desta forma no plano material e em minhas buscas e descobertas sobre minha vida como Ricardo pude entender melhor isso. Jerusalém no século XII era a representação material da fé de um continente inteiro, a Europa. Era o que dava a certeza cabal de que o caminho, o cristianismo, que estavam seguindo era o certo e a conquista de Jerusalém era essencial para manter a fé das pessoas. Perder Jerusalém representava uma derrota da religião em si.

Naquele tempo o povo europeu era muito sofrido. As pessoas não tinham coisa alguma, viviam com fome e frio e sem a satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Não tinham motivo para viver e a religião, através da Igreja, era a sua única fonte de vida e alegria. As pessoas viviam mais felizes por saber que uma vida melhor lhes esperava após a morte. Era a religião que dava vida às pessoas e Jerusalém representava a concretização desta fé que lhes dava a vida. Era um mundo extremamente maniqueísta onde os muçulmanos não eram vistos como pessoas, mas como “o mal” e os cristãos não poderiam perder Jerusalém para o mal. A fé era a vida das pessoas, aquilo que fazia o seu coração bater, e o domínio de Jerusalém era a manutenção desta fé, a manutenção da própria vida. A Igreja era uma verdadeira mãe e dava calor e conforto para o espírito. Conforme saíamos da Europa e íamos para o Oriente o cristianismo e a presença da Igreja diminuía e tudo ia esfriando por dentro. A Igreja e a fé eram necessidades.

O dualismo ficava cada vez mais evidente. Perto da Igreja havia a proteção, fé, esperança e o calor e longe o abandono, frio, medo e a desesperança. Os europeus não tinham inspiração e quem os inspirava era a Igreja e vez ou outra um rei e durante aquela cruzada eu precisei fazer isto, até porque eu tinha certeza absoluta da minha fé cristã e não deixava coisa alguma esfriar dentro de mim. Naquele tempo o Oriente não era a terra dos cristãos. Era uma região sem a presença física e espiritual da Igreja e estar ali era sentir-se abandonado e só, ainda mais que a imensa maioria dos cristãos que estavam ali para lutar por Jerusalém não era de pessoas aptas à guerra. A situação era caótica e eu me via na obrigação de ser sustentação à inspiração dos cristãos que estavam ali para lutar, já que a situação em nada favorecia. Revivendo na regressão estes sentimentos todos três expressões começaram a vir continuamente para mim: “benção do Papa”, “Ricardo Coração de Leão” e “1.189”. Eu deveria me ater à importância da coroação que recebi pelo Papa.

Então lembrei da experiência anterior e entendi a importância daquilo, tanto de ser coroado rei pelo Papa, que era o representante de Deus na Terra, como da benção que o mesmo dava para a partida para a cruzada. Durante a regressão a benção do Papa era um ponto de refúgio onde eu me sentia como se estivesse protegido pelo próprio Deus Criador, a ponto em que a cruzada, longe da Igreja, trazia um sentimento de vazio e abandono, como se Deus não estivesse presente. A associação entre “Deus” e “Igreja” era absurdamente incrível e era como se fossem um só. Na regressão eu senti aquilo como era exatamente na Idade Média e como as pessoas daquele tempo sentiam isso. A benção do Papa, tanto na coroação como antes da cruzada, era o “Deus está comigo”. A Igreja dizia que Deus estava comigo e o povo tinha fé nisto. As pessoas não eram compelidas a participar da cruzada, até porque para elas não havia dúvidas de que aquilo era o certo a fazer. A Europa toda, em todas as suas classes sociais, estava unida em uma fé só.

Depois da regressão continuei, e continuo, tendo outras experiências relacionadas à esta vida minha como Ricardo. Tenho reencontrado neste ano algumas pessoas daquela vida. No plano astral fui a um palácio em que havia um salão com um trono vazio e várias estátuas de esfinges aos lados do tapete que levava a este trono. Era um lugar de reptilianos e cada esfinge tinha a cabeça de um grande monarca reptiliano na Terra, desde os faraós egípcios aos reis da Idade Média. Era um lugar estabelecido para a memória dos grandes reptilianos que estiveram neste planeta. Ao contrário do que o senso comum tenta empurrar, a defesa da fé cristã na Idade Média não era apenas a insistência em fazer valer uma mentalidade, mas a defesa da própria vida. Na Europa medieval a fé cristã era a vida material e espiritual das pessoas, era tudo o que tinham, era o sentido de suas vidas, era a condição de sua existência, viviam pela fé e sem ela não tinham motivo para viver e não se cogitava nem por um segundo em deixar de dar a vida pelo que era a própria vida.

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