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  • Rudy Rafael

O que a Espiritualidade aprendeu e o que a humanidade não aprendeu com a Atlântida

A história da Atlântida sempre servirá como lição tanto à humanidade quanto à Espiritualidade. Ao mesmo tempo em que a Atlântida serve de exemplo de como uma civilização deve viver no plano material também serve de exemplo de como não deve. Ambas as situações dizem respeito à humanidade em seu nível coletivo, pois o estágio em que a Atlântida chegou a nível civilizacional dizia mais respeito ao coletivo do que ao indivíduo. Naquilo que a Atlântida serve como exemplo de como a humanidade deve viver no plano material tem-se o seu auge como civilização – aquilo que poder-se-ia chamar de a era dourada de Atlântida -, enquanto que aquilo que a Atlântida serve como exemplo de como a humanidade não deve viver no plano material tem-se a sua queda. Ao tratar sobre Atlântida os primeiros pontos a serem observados sempre serão estes: o que deu certo e o que deu errado. Pessoas dizem que é preciso errar para aprender e dizer isto é um erro, pois não é necessário errar para aprender; é possível aprender com os erros dos outros. Assim como as boas coisas servem de exemplo do que fazer as coisas ruins servem de exemplo do que não se deve fazer. A humanidade não precisa cometer novamente os mesmos erros que cometeu na Atlântida.

Aquilo que a Atlântida serve como exemplo de como a humanidade deve viver no plano material diz respeito à consciência coletiva da unidade entre o mundo material e o mundo espiritual. O povo atlante possuía um desenvolvimento espiritual maior do que o homem atual porque vivia uma unidade maior entre o mundo material e o mundo espiritual e é este o princípio do desenvolvimento mediúnico. No mundo atual, principalmente nos meios que dizem trabalhar a espiritualidade, existe o ensinamento nefasto de que existem dois mundos – o material e o espiritual – e cada pessoa deve ter consciência desta divisão e viver duas vidas distintas, uma para a matéria com as coisas da matéria e uma para o espírito com as coisas do espírito. Começa aí o erro que estagna a evolução espiritual das pessoas e é por isto que estas pessoas e seus discípulos não possuem desenvolvimento espiritual algum. A lição real da Espiritualidade, aquilo que chamam de “despertar”, é a vivência da unidade entre o mundo material e o espiritual, entre o Eu Exterior e o Eu Interior. O mundo material não precisa ser distinto do mundo espiritual e cabe a quem realmente se importa com este planeta e com a Espiritualidade conectar os dois mundos.

O auge da Atlântida, aquilo que a faz ser um modelo para a humanidade, é justamente o modo como os atlantes viviam. Para os atlantes a separação entre os dois mundos era consideravelmente menor do que é para os humanos atuais. Os atlantes não viviam o mundo material e buscavam o mundo espiritual em seu tempo livre, os atlantes buscavam viver a união com a espiritualidade no plano material e por isto se desenvolveram. Foi através da consciência da necessidade de viver o mundo espiritual no mundo material que os atlantes tinham a espiritualidade como meio de vida e assim desenvolveram suas faculdades psíquicas. Foi através da vivência de uma vida na matéria orientada pela vida no espírito que os atlantes adquiriram conhecimentos que os tornaram científica e tecnologicamente superiores aos humanos atuais. Entretanto, por mais que os atlantes tivessem um desenvolvimento científico e tecnológico superior ao da humanidade atual tal desenvolvimento não se compara ao desenvolvimento de outras civilizações extraterrestres. A Atlântida é considerada modelo de desenvolvimento espiritual para a humanidade porque o nível de desenvolvimento espiritual da humanidade é baixo.

A evolução é uma lei natural. Tudo que existe evolui, inclusive a Espiritualidade. Os espíritos de alta hierarquia também evoluem e também aprendem com seus erros, até mesmo os gestores de planetas, de sistemas e de galáxias. Com a Terra não foi diferente em relação à Atlântida. A Atlântida recebeu muito desenvolvimento científico e tecnológico da Espiritualidade por viver uma vida na matéria mais una à vida no espírito e isto acabaria por não ser bem aproveitado pelos atlantes. Os atlantes usaram o desenvolvimento científico e tecnológico que receberam da Espiritualidade para guerrear e colocaram em risco a existência do planeta Terra. A humanidade atual não possui ciência ou tecnologia capaz de destruir o planeta por completo. Não existe “arma”, “botão vermelho” ou qualquer coisa capaz de explodir o planeta Terra e isto jamais voltará a existir. Os atlantes colocaram em risco o plano da Espiritualidade relacionado ao planeta Terra com sua ciência e tecnologia – conhecimentos recebidos da própria Espiritualidade – e quase destruíram, literalmente, tudo. Os atlantes tinham desenvolvimento para destruir o planeta Terra inteiro e isto poderia ter ocorrido, sendo que a própria Espiritualidade teria dado poder para tal.

Com o ocorrido em Atlântida a Espiritualidade aprendeu que o homem não pode ter desenvolvimento científico e tecnológico que possa colocar em risco o plano da Espiritualidade para o planeta Terra. A Espiritualidade jamais irá permitir que a humanidade possua novamente desenvolvimento que possa destruir literalmente o planeta, como uma bomba capaz de explodir a Terra inteira. Além do relacionado à Atlântida outros conhecimentos científicos e tecnológicos também são guardados pela Espiritualidade. Existem desenvolvimentos que a humanidade atual não possui porque a Espiritualidade não permite que a humanidade receba, pois se recebesse usaria aquilo para um mal extremo. Os desafios fazem parte da vida e servem como lições, mas a Terra é um local para espíritos evoluírem e a vida deve ser viável para que cada espírito possa viver para evoluir. Uma coisa é um espírito vivenciar a pobreza, a doença e a aflição, outra é existir alguém que possa explodir o planeta inteiro por sua vontade. Os bilhões de espíritos que habitam a Terra, encarnados ou desencarnados, precisam poder viver para poder evoluir e se existir o risco de alguém destruir a Terra inteira através de certo conhecimento este conhecimento não será dado à humanidade.

Neste sentido a Espiritualidade não permitirá que a humanidade tenha um conhecimento que mesmo que a princípio seja utilizado para o bem possa ser desvirtuado e utilizado para o mal. Se um conhecimento científico ou tecnológico puder ser utilizado para o maior dos bens para a humanidade mas ao mesmo tempo puder ser utilizado para a sua extinção, tal conhecimento não será acessado pelo homem. O desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade não depende só dela e de sua inteligência, mas da autorização da Espiritualidade. A Espiritualidade aprendeu que não pode permitir que o homem tenha determinados conhecimentos que possam colocar em risco o planeta e a civilização como um todo. É ignorância acreditar que a  Terra possa ter um desenvolvimento científico e tecnológico equiparado ao das civilizações extraterrestres mais desenvolvidas sem que antes tenha um desenvolvimento moral e ético que assegure que tais conhecimentos não serão utilizados para o mal de forma a comprometer a função da Terra no Universo. Os atlantes quase destruíram o planeta Terra com suas armas atômicas e se não fosse a intervenção da Providência Divina não apenas a Atlântida teria sido extinta como todo o planeta.

A Espiritualidade aprendeu com a Atlântida, mas a humanidade não. O Amor e o respeito a Deus é o Amor e o respeito à forma como ele faz as coisas. É amar e respeitar os processos da vida, da morte, da alimentação e da reprodução. A imortalidade física não existe porque Deus quer que assim seja. O homem precisa de alimentos para se nutrir porque Deus quer que assim seja. O homem precisa nascer e morrer porque Deus quer que assim seja. A vida é gerada da união entre um homem e uma mulher porque Deus quer que assim seja. Quanto mais próximo de Deus mais se compreende que não há o que se fazer a não ser submeter-se ao seu poder supremo e aceitar a forma como ele faz e quer as coisas. A união entre um homem e uma mulher é o processo pelo qual o Supremo Arquiteto do Universo delegou à humanidade o poder de gerar a vida e isto não está sendo respeitado pela humanidade. A vida humana é gerada através da união entre o masculino e o feminino, que na união dos dois polos – positivo e negativo – faz surgir o triângulo, a forma geométrica mais perfeita do Universo. Deus quis que a vida humana surgisse da conjunção carnal entre um homem e uma mulher e isto não está sendo respeitado pela humanidade.

A humanidade equiparou o sagrado ato da geração da vida através do sagrado ato da conjunção carnal entre um homem e uma mulher que se amam com a fabricação da vida em laboratórios através do desenvolvimento científico e tecnológico. A humanidade não vê diferença entre uma criança ser gerada através da conjunção carnal entre um homem e uma mulher que se amam e ser fabricada em um laboratório e este foi o erro dos atlantes. Os atlantes se voltaram contra Deus indo de encontro à natureza e às leis divinas. Pelo poder do desenvolvimento científico e tecnológico que receberam os atlantes pensaram que poderiam tudo; pensaram que poderiam criar o tipo de vida que quisessem da forma que quisessem e sem qualquer respeito à forma como Deus faz as coisas. A ciência e a tecnologia devem ser usadas a favor do cumprimento das leis cósmicas, não como substituição ou revogação de tais leis. A ciência e a tecnologia devem ser usadas para fazer nascer uma criança cujos pais que se amam tentaram da forma natural e não conseguiram, não para fabricar crianças para pessoas que possuem as condições naturais para gerar uma criança e escolheram não fazer.

Deus é perfeito em seus processos. Se Deus quis que a vida surgisse da união entre um homem e uma mulher é porque Deus quis que um homem e uma mulher se unissem. Gerar uma vida é um ato de Amor, não de satisfação de consumo. Uma vida humana não é algo para se mandar fazer em um laboratório assim como se manda fazer um móvel sob medida. A vida humana é a terceira ponta do triângulo, é a manifestação do Amor entre um homem e uma mulher que em sua unidade não conseguiu outra forma de expressar este Amor que não a geração de uma vida. A vida humana é a materialização do Amor entre um homem e uma mulher, quando o Amor entre o casal adquiriu tamanha força no mundo espiritual que não houve como aquilo não se manifestar no mundo material e a forma como isto veio a se manifestar é através de uma vida. É na geração de uma vida que um homem e uma mulher podem olhar um para o outro e ver que possuem algo em comum e que veio dos dois. Se uma pessoa não quer respeitar os meios pelos quais Deus quis que certos fins fossem alcançados então não deve querer tais fins. A Vida é a manifestação do Amor de Deus pela humanidade e a vida de uma criança deve ser a manifestação do Amor entre um homem e uma mulher.

Por mais que a Atlântida sirva de norte para aquilo que se entende como uma civilização vivendo em harmonia com as leis cósmicas, na Lemúria houve um desenvolvimento espiritual maior. Foram os lemurianos que viveram a simplicidade da vida aliada ao desenvolvimento espiritual acentuado e à união maior ao mundo espiritual. Os lemurianos não colocaram em risco a vida na Terra como os atlantes colocaram. Os atlantes acharam que não necessitariam prestar contas de suas ações ao Supremo Arquiteto do Universo; acharam que poderiam fazer o que quisessem com a vida humana e isto não poderia continuar. O preço que a humanidade pagou por ter feito o que fez na Atlântida foi o de ter desenvolvimento científico e tecnológico inacessível enquanto não tiver desenvolvimento moral e ético para bem utilizá-lo, como um pai que vai aumentando a mesada do filho aos poucos na medida em que este se mostra responsável pelo uso do que recebe. Os maiores pecados da humanidade na Atlântida foram os cometidos contra a vida humana e a humanidade está a cada vez mais a cometer o mesmo erro. Quando a vida humana começa a perder o sentido as coisas começam a perder o sentido.

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