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  • Rudy Rafael

Quando um homem e uma mulher estão espiritualmente financeiramente prontos para ter um filho

A relação entre a condição financeira de uma pessoa e a espiritualidade é completamente ignorada pelos seres humanos. Os humanos simplesmente não conseguem compreender a relação que existe entre a condição financeira de uma pessoa e a espiritualidade em sua vida. A condição financeira dita absolutamente tudo no plano material, entretanto, até mesmo as pessoas que se dizem ligadas à espiritualidade não sabem porque elas e as outras pessoas têm o que têm e porque não têm o que não têm. A espiritualidade é o caminho até Deus e Deus é o Supremo Arquiteto do Universo que orquestrou toda a Criação para que não haja coisa alguma fora do lugar, inclusive a condição financeira de cada pessoa. Pessoa alguma pode se dizer verdadeiramente ligada à espiritualidade se não se conhecer e pessoa alguma pode dizer que se conhece se ignora os motivos de sua condição financeira enquanto ser encarnado. A espiritualidade é um caminho de certeza e conhecimento, não de dúvidas e ignorância. Uma pessoa verdadeiramente espiritualizada deve saber objetivamente porque nasceu na família que nasceu, porque tem o corpo que tem e porque tem a condição financeira que tem. Quem isto não sabe é cego e um cego não pode guiar outros cegos.

Deus é justo e perfeito e sendo justo e perfeito não poderia criar um mundo injusto e imperfeito. Sendo Deus justo e perfeito toda a sua criação é justa e perfeita e cada um tem uma vida justa e perfeita. É a ignorância espiritual das pessoas que faz com que estas passem a ver injustiças e imperfeições no mundo meramente em razão das condições financeiras das pessoas, como se apenas existisse justiça e felicidade a partir do momento em que as pessoas passassem a ter e usufruir das coisas materiais. É esta ignorância espiritual que faz as pessoas se moverem para o ter e não para o ser e se preocuparem mais em ter um carro a saber ler e escrever. Cada um tem exatamente aquilo que precisa ter. Cada um possui a condição financeira que precisa ter. Cada um possui os bens que precisa ter. Cada um possui a renda que precisa ter. Cada um nasce na família que precisa ter. Cada um possui a família que precisa ter. Cada um possui o provedor que precisa ter. Cada um possui o corpo físico que precisa ter. Não existe sorte ou azar na vida, existe a Providência Divina que fornece a cada um tudo aquilo que precisa ter para viver e evoluir espiritualmente através da encarnação. A Providência Divina não dá, ela fornece e tudo um dia voltará ao Universo.

Existem pessoas que nascem em famílias com grandes condições financeiras e isto não é por acaso; elas nascem em tais famílias porque para sobreviverem e poder cumprir o seu plano de encarnação precisam de uma família que lhes sustente financeiramente, pois se tivessem que depender apenas de si para sobreviver não conseguiriam. As pessoas passam a vida inteira olhando para os outros e lamentando porque não nasceram em famílias com grandes condições financeiras e assim adotam uma postura de coitadas, quando na verdade coitadas são as pessoas que nasceram em tais famílias (de grandes condições financeiras) por serem tão fracas que se tivessem nascido em famílias com poucas condições financeiras não conseguiriam sequer sobreviver no mundo. Se uma pessoa nasce em uma família rica é porque ela não conseguiria ser pobre e se tal pessoa fosse lançada à própria sorte no mundo, tendo que depender de si para sobreviver e tendo que suportar as restrições decorrentes da limitação financeira, não conseguiria sobreviver e sem conseguir sobreviver não otimizaria sua encarnação que serve para sua própria evolução espiritual. Dinheiro traz segurança e conforto para os espíritos que precisam de segurança e conforto.

No que diz respeito à espiritualidade a única importância do dinheiro é a relacionada ao conhecimento das razões pelas quais cada pessoa tem a condição financeira que tem. A título de evolução espiritual o dinheiro em si não tem importância, mas importa a cada um saber os motivos de suas atuais condições financeiras enquanto encarnado. A condição financeira, assim como as mais variadas condições da vida de uma pessoa, é um estado passageiro do ser encarnado que não define o que uma pessoa realmente é, mas que deve ser conhecido por cada um. Cabe a cada um conhecer-se para descobrir porque tem a condição financeira que tem. A partir do momento em que uma pessoa descobre espiritualmente qual o motivo de sua atual condição financeira ela transcende a questão do dinheiro em sua vida e deixa de ser escravo da ignorância. Uma pessoa que possui grandes condições financeiras mas ignora o motivo real – o motivo que está na espiritualidade – pelo que possui tais condições está vivendo na ignorância sobre sua condição financeira e sempre será escrava do dinheiro, pois o que liberta uma pessoa do dinheiro não é tê-lo em abundância, mas saber porque tem o que tem e porque não tem o que não tem.

Grandes espíritos não precisam de grandes condições financeiras, tampouco serem sustentados pelos outros, ainda mais quando maiores e capazes por seus genitores. Começa então a problemática dos tipos de espíritos que os humanos estão trazendo para encarnar na Terra na medida em que os pais preparam o terreno para o tipo de espírito que irá encarnar em seu seio familiar antes mesmo da fecundação. Antes de terem filhos as pessoas querem preparar uma vida de absoluta segurança e conforto para seus filhos para que estes de fato não tenham que encarar a vida. Isto naturalmente apenas atrairá o encarnar de espíritos fracos que necessitarão de segurança e conforto. Grandes espíritos não precisam de segurança e conforto, pois o que têm dentro de si lhes basta. Homens e mulheres, antes de terem um filho, preocupam-se absolutamente com tudo sobre a vida deste filho que virá, traçando uma linha de necessidades que vai desde a fecundação até o sepultamento do filho; tratam o futuro filho como um inválido débil mental incapaz de fazer a própria vida que necessita que alguém lhe supra em todas as necessidades. É assim que os pais atrairão espíritos fracos para suas vidas, pois os espíritos fortes encarnarão através de outros pais.

Espíritos fortes encarnarão através de pais que lhes disponibilizarão a oportunidade de serem fortes e poder fazer a própria vida, não em pais que lhes tratarão a vida inteira como inválidos débeis mentais que não têm como fazer a própria vida. O cuidado com o recebimento de um filho é importante, mas este cuidado jamais pode ser doentio a ponto de procrastinar indefinidamente a encarnação de um espírito. Uma coisa é um homem e uma mulher se preocuparem em ter um lugar para morar com um bebê, outra é um homem e uma mulher se preocuparem em ter todo o dinheiro suficiente para pagar todos os estudos do filho até o seu pós-doutorado. Uma pessoa verdadeiramente ligada à espiritualidade jamais precisará se preocupar com dinheiro, pois ela sempre terá aquilo que precisa em sua vida. De semelhante modo os filhos de um casal verdadeiramente ligado à espiritualidade também sempre terão aquilo que precisarão em sua vida. Para as pessoas verdadeiramente ligadas à espiritualidade as coisas sempre acontecerão, o que é preciso é desapegar-se do sentimento de domínio das coisas e que diz respeito ao Ego para assim poder vislumbrar o que acontece em sua vida. Espiritualidade e medo não se misturam, inclusive o medo de ter um filho.

Quanto mais um homem e uma mulher se preocupam em fazer a vida financeira inteira de seus filhos, desde o nascimento até a morte, mais atrairão para seu seio familiar espíritos incapazes de fazer a própria vida. Para atrair espíritos fortes é necessário que os pais compreendam a necessidade da independência dos filhos, pois espíritos fortes são independentes. Espíritos fortes são independentes e não querem que os outros façam as coisas por eles. Um espírito forte jamais vai encarnar através de pais que lhe digam que ele não precisa se preocupar com coisa alguma em sua vida. Um espírito forte vai querer fazer a sua vida, vai querer desafios, vai querer lutas, vai querer limitações, vai querer restrições, vai querer infortúnios e vai querer tudo aquilo que lhe mova a se superar e os pais podem tirar de tais espíritos todos os desafios, lutas, limitações, restrições, infortúnios e tudo aquilo que lhe mova a se superar na medida em que lhe dão tudo de mão beijada, principalmente através da segurança e do conforto que vêm com as grandes condições financeiras. Um espírito forte não vai querer viver às custas dos pais a vida inteira, de renda, sem trabalhar, sem se esforçar e sem se superar. Um espírito forte não vai querer viver como um fraco.

A vida de uma pessoa não se restringe apenas ao seu universo material relacionado à condição financeira. Quando um homem e uma mulher estão preparando o terreno para o recebimento de um filho as únicas preocupações que lhes vêm à mente dizem respeito às condições materiais que são satisfeitas pelo dinheiro, mas esquecem que a vida de uma pessoa não é apenas isto e deixam de se preparar emocional, intelectual e espiritualmente para ter um filho. Não adianta um homem e uma mulher terem milhões em patrimônio se o homem não se resolveu como marido e a mulher não se resolveu como esposa, se os pais são extremamente tolos e vazios a ponto de não terem coisa alguma a ensinar aos filhos e se os pais não têm relação alguma com a espiritualidade. A questão financeira em relação ao recebimento de um filho deve ser um cuidado, não uma preocupação, pois a preocupação vem do medo, o cuidado vem do Amor. O mundo material é infinito em suas possibilidades de gastos e se um casal for querer garantir o mundo inteiro para seu filho antes de recebê-lo jamais irá recebê-lo. Ter um filho é receber um filho e quando se ama uma pessoa é melhor recebê-la com um pão do que deixar de recebê-la por não ter um banquete a oferecer.

Os pais sempre acham que estão ensinando algo aos filhos em razão da paternidade, quando na verdade os filhos estão ensinando algo aos pais meramente por terem nascido. É através da paternidade que as pessoas poderão aprender algo que não poderiam aprender de outra forma e é aí que se revela quando um homem e uma mulher estão espiritualmente financeiramente prontos para ter um filho. Um homem e uma mulher estão espiritualmente financeiramente prontos para ter um filho não quando construíram um patrimônio de milhões para que seu filho possa viver a vida inteira com segurança e conforto e sem ter que se preocupar com coisa alguma, mas quando estão prontos para fazer de uma outra pessoa a sua prioridade. Quando um homem e uma mulher deixaram de pensar primeiramente em si para pensar em outra pessoa e fazer desta outra pessoa a prioridade de seus gastos, quando eles estão prontos para gastar o que possuem primeiramente com seu filho antes de gastar consigo, eles estão espiritualmente financeiramente prontos para ter um filho. O tamanho do patrimônio é irrelevante, não é isto o que importa. O que importa é o quanto o homem e a mulher conseguiram fazer de seu filho a prioridade de seus gastos.

O dinheiro tem várias lições a ensinar à humanidade, mas nenhuma delas têm relação com o que se pode comprar com ele, mas sim em como lidar com ele. Um homem e uma mulher não estão espiritualmente financeiramente prontos para ter um filho por garantir o seu futuro, mas sim quando ambos deixam de comprar o que querem para si para comprar algo para o seu filho e quando os pais vivem esta relação entre a espiritualidade e a vida financeira em sua vida coisa alguma faltará aos seus filhos, pois a família está vivendo a espiritualidade em sua vida financeira, a família está vivendo o Amor. É o Amor presente no sacrifício do Eu e dos desejos pessoais em favor de outra pessoa que traz a benção de Deus para uma família para que ao filho a ser recebido jamais falte coisa alguma. O caminho da espiritualidade não é um caminho de resultado, é um caminho de meio e o preparo financeiro para ter um filho não está relacionado ao resultado (aquilo que se pode comprar), mas ao caminho de desapego e sacrifício que se vive por Amor ao fazer de outra pessoa a sua prioridade e colocá-la no topo da lista do orçamento familiar como a primeira e a principal despesa a ser paga com a renda da casa. E isto o dinheiro não compra.

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